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Alunas do CODAI são premiadas em Olimpíadas de Matemática

Neste Dia Internacional das Mulheres na Matemática, 12 de maio, o Colégio Agrícola Dom Agostinho Ikas da UFRPE (CODAI) comemora a data divulgando a Menção Honrosa conquistada pelas nossas alunas, Adrieli Queiroz e Júlia Torres, na 16ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Pública (OBMEP 2021). Adrieli Queiroz também foi premiada na 4ª Olimpíada de Matemática das Instituições Federais (OMIF 2021).

As olimpíadas científicas pretendem despertar a curiosidade, revelar novos talentos, melhorar a cultura científica, promover o estímulo do senso crítico e elevar indicadores de aprendizagem. Apesar destes objetivos, o recorte por gênero mostra que muitas meninas desanimam, desistem ou omitem suas preferências por Ciências Exatas, conforme são incentivadas (ou não) pela sociedade, escola e/ou sua família.

Júlia Torres já participou da OBMEP, mas nunca tinha conseguido passar para a segunda fase. “Fiquei muito feliz de ter conseguido nota suficiente em 2021 para passar para a segunda fase pela primeira vez e ainda mais feliz de ter conseguido uma menção honrosa. Foi uma experiência muito desafiadora e interessante para mim, onde eu despertei mais interesse pela matemática. Espero que mais meninas possam, cada vez mais, ocupar espaços de destaque nas áreas das ciências exatas.”, compartilhou a aluna.

O caminho para superar as desigualdades passa por respeitar a vontade destas meninas, apoiá-las e promover maiores incentivos para que sigam os caminhos conforme os seus desejos e suas aptidões nas ciências exatas. Dentro deste propósito, as Olimpíadas de Matemática vêm promovendo ações e incentivos visando acolher para não mais reproduzir as mazelas sistêmicas do patriarcado.

Na pesquisa da bolsista Suzany Gomes, PIBIC-EM (2021 - 2022), ficou evidente que a representatividade feminina, nas premiações das Olimpíadas de Matemática, é pequena e quando são observados os dados específicos do Ensino Médio a presença feminina é ainda menor. Os dados da pesquisa “GIRLPOWER: MULHERES EM STEM” revelaram que nas edições da OBMEP de 2015 a 2019, meninas do Ensino Médio receberam entre 10% e 20% das medalhas de ouro. Já na Olimpíada de Matemática das Instituições Federais (OMIF), para o Ensino Médio as estudantes receberam entre 10% e 25% das medalhas de ouro.

 

Mesmo diante de um cenário pouco animador, destacamos duas iniciativas inspiradoras:

  • O Torneio Meninas na Matemática (TM²) foi inspirado na Olimpíada Europeia de Matemática Feminina (EGMO) e visa incentivar a participação de meninas de todo o país em olimpíadas científicas;
  • A 1ª Olimpíada Feminina de Matemática da Bahia (OFMEBA), uma realização inédita de olimpíada feminina estadual de Matemática. A ação foi promovida pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), inspirado no 'Movimento Meninas Olímpicas do Brasil'.

 

Este texto contou com a contribuição da bolsista PIBIC-EM Suzany Gomes e das estudantes premiadas Adrieli Queiroz e Júlia Torres. A aluna Suzany Gomes participou do Projeto de Pesquisa “GIRLPOWER: MULHERES EM STEM”, coordenado pela professora Marcella Feitosa e conta com a colaboração da professora Glauce Guerra (UNIVASF).

 

Mais informações

Profa. Marcella Feitosa, através do e-mail: marcella.fsantos@ufrpe.br